segunda-feira, 16 de maio de 2011

Carvalho-de-Monchique (Quercus canariensis Willd)

É uma espécie que deve o seu nome comum ao facto de, no nosso país, crescer de forma espontânea apenas nesta serra algarvia. Por este motivo, dada a sua restrita distribuição geográfica, seria sempre uma espécie ameaçada, mas este facto tem vindo a agravar-se dramaticamente com eu caliptização de Monchique e os subsequentes incêndios de grandes proporções! E claro que, após as chamas, temos logo as nossas "amigas" australianas, como as mimosas (Acacia dealbata Link) e as austrálias (Acacia melanoxylon R. Br. ex Ait. f.) que ocupam hectares e hectares de terreno, impedindo a regeneração natural da paisagem com espécies autóctones. Neste particular, a Serra de Monchique é a zona do Algarve com maiores problemas com este género de infestantes australianas.

O Carvalho-de-monchique possui folhas marcescentes, o que representa uma espécie de estado intermédio entre as espécies de folha caduca e as de folha persistente.

Dito de outra maneira, nas espécies marcescentes, como no carvalho-de-monchique e no carvalho-cerquinho (Quercus faginea L.), a renovação das folhas ao longo da estação fria é tão lenta que, quando chega a Primavera, algumas das folhas do ano anterior ainda não caíram da árvore.


Pedro Fernandes

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