segunda-feira, 30 de maio de 2011

Águia-cobreira (Circaetus galicus)

A brancura das partes inferiores é certamente o aspecto que mais chama a atenção na plumagem desta águia. A coloração dos indivíduos é, contudo, bastante variável, havendo-os quase totalmente brancos e os que têm a cabeça escura com as asas sarapintadas. As partes superiores são castanhas e, quando a ave é vista de perto, reconhece-se também o olho amarelo.

Abundância e calendário
A águia-cobreira distribui-se de norte a sul do país. Ocorre geralmente em densidades bastante baixas, não havendo nenhuma região que se destaque particularmente no que diz respeito à abundância desta espécie, embora de uma forma geral esta seja mais comum no interior que no litoral. As áreas pouco habitadas, onde as manchas arborizadas alternam com espaços
abertos, são aquelas onde a águia-cobreira é mais frequente. É uma espécie estival, que chega geralmente em Março e parte em Setembro. Ocasionalmente é vista em pleno Inverno.

Pedro Fernandes

AÇOR (Accipiter gentilis)

Identificação
Ave de rapina de hábitos discretos, é bastante semelhante na forma e padrão da plumagem ao gavião,
possuindo também barras horizontais no peito e abdómen, e um tom acinzentado no dorso. Distingue
-se
sobretudo pelas maiores dimensões, asas mais robustas, cauda proporcionalmente mais comprida
e
cabeça projectada. Os imaturos têm riscas verticais em vez de barras horizontais. O açor tanto pode ser
encontrado a voar por entre a ramagem das árvores de bosques densos, como plan
ando acima das
mesmas em correntes térmicas ascendentes.

Abundância e calendário
O açor é uma espécie pouco comum, dependente de zonas florestadas. Sendo residente, ocorre durante
todo o ano, podendo mais facilmente ser observado no início da Primavera durante as paradas nupciais. É mais frequente a norte e junto ao litoral que no sul.

Pedro Fernandes

Carvalho – Roble

A Serra de Monchique é uma serra do oeste do Algarve, cujo ponto mais elevado - Foia, com 902 m de altitude - é o mais alto do Algarve e um dois pontos mais proeminentes de Portugal (739 m).

Devido ao facto de estar próxima do mar possui um clima subtropical húmido, com precipitações médias anuais entres os 1000 e os 2000 mm, que associadas a temperaturas amenas permite a existência de uma vegetação rica e variada, onde se inclui o raríssimo carvalho-de-monchique e a bela adelfeira, bem como espécies raras no sul, tais como o castanheiro, o carvalho-cerquinho ou o carvalho-roble.

Nesta serra existe um importante complexo termal, Caldas de Monchique, rodeado por um parque de vegetação luxuriante onde existe a maior magnólia da Europa. É ainda de salientar a fertilidade dos seus solos, devido não só à humidade, mas também ao facto da sua rocha, a foíte, ser de origem magmática.

Vários ribeiros e ribeiras têm origem na Serra de Monchique, entre as quais a Ribeira de Seixe, a Ribeira de Aljezur (ou da Cerca), a Ribeira de Odiáxere, a Ribeira de Monchique e a Ribeira de Boina.

O carvalho roble é uma espécie bem adaptada aos climas temperados húmidos, que apresenta grande resistência ao frio. Esta espécie prefere os terrenos siliciosos, argilosos frescos e húmidos, ricos em nutrientes.



Luís Canelas

Pica-pau-verde

Identificação:

É o maior dos nossos pica-paus. O corpo é verde, tendo uma tonalidade mais clara (quase amarelada) no uropígio. A coroa é vermelha, tendo o macho também o bigode vermelho. Em voo é característico o seu voo ondulado. Pode confundir-se com a fêmea de papa-figos.
A sua vocalização, que parece uma risada descendente, deu origem a um dos mais curiosos nomes vernáculos: “cavalo-rinchão”. Também é conhecido pelos nomes de peto-verde e peto-real.

Joana Teixeira, Melissa Baptista

cotovia-arbórea

  • Eis um dos mais conhecidos e facilmente identificáveis cantos dos nossos bosques e matas. Empoleira-se bastantes vezes nas árvores, contrastando com as outras espécies de alaudideos, que usam muito mais o solo.
  • A cotovia-arbórea é comum ao longo do território, podendo ser localmente abundante, especialmente em zonas de montados e bosques do interior. É uma espécie residente.
  • Tal como as cotovias e a laverca, com quem se assemelha bastante, possui um padrão cromático que lhe confere um mimetismo extremamente fiável, em tons cores malhado. Distingue-se das restantes espécies pela ausência de uma crista visível e pela presença de um padrão claro-escuro-claro junto à dobra das asas, bastante visível quando a ave está poisaada
  • João Catulo