Para além disso existe a espécie rara Alvéola-Citrina.
PEDRO MENDES
Bruno Martins, Ricardo Gil
O Línguado é o nome vulgar de várias espécies de peixes pleuronectiformes, a maioria das quais pertencem aos géneros Paralichthys e Solea. As características dos linguados são: o corpo oval e achatado; medem de 30 a 50 cm de comprimento e pesam de 2 a 3 kg. A sua cor é castanho-escuro na parte superior e branca na inferior. Procura locais mais fundos quando a temperatura desce. Para se protegerem dos predadores, têm o corpo com manchas que imitam o fundo dos locais onde vivem (mimetismo). Os linguados nascem como peixes normais, com um olho em cada lado da cabeça.
Bruno Martins , Ricardo Gil
Animais Crustáceos: ~ A Lagosta é o nome genérico dado aos crustáceos decápodes marinhos caracterizados por terem as antenas do segundo par muito longas. As lagostas vivem em todos os mares inter-tropicais, desde as rochas costeiras, até grandes profundidades.
~ Os Caranguejos são crustáceos que possuem nas costas uma carapaça protectora e habitam as regiões litorâneas do mundo todo. Alimentam-se de peixes e outras espécies de animais mortos e possuem uma enorme capacidade de adaptação em qualquer tipo de água, até mesmo em águas sujas e poluídas.
~ Os Camarões é um dos diversos crustáceos da ordem dos decápodes, podendo ser marinhos ou de água doce. Tais crustáceos possuem o abdome longo, corpo lateralmente comprimido, primeiros três pares de pernas com quelas e rostro geralmente desenvolvido.
~ Os Isópodos são pequenos crustáceos achatados dorsoventralmente e sem carapaça. São marinhos, de água doce ou terrestres (tal como o bicho-da-conta). Têm o abdômen curto com os segmentos fundidos total ou parcialmente. O abdômen e o tórax normalmente têm a mesma largura e as duas regiões não ficam claramente demarcadas dorsalmente.
~ As Cracas são crustáceos marinhos sésseis de vários géneros. Estes animais quando adultos têm o exoesqueleto calcificado composto por várias placas que definem uma forma cónica. As cracas escolhem normalmente substratos rochosos, mas podem fixar-se também a fundos de barcos (onde causam estragos) ou a outros animais (por exemplo baleias).
~ A Pulga d'Água é um crustáceo que habita águas doces e salobras e que possui uma coberta protectora. Devido à forma como nada impulsionada por duas antenas situadas no cimo da sua cabeça (segunda antena), a Pulga d'Água parece pular dentro de água como pulam as pulgas terrestres.
Duarte Mira e Samuel Nóbrega
Límicola pequena, rechonchuda, de patas curtas e alaranjadas, e com um padrão escamado, peito e barriga brancos. Possui um babete preto bastante característico. A sua plumagem na Primavera altera-se, passando a ostentar tonalidades laranja-amareladas no dorso, bastante características.
O rouxinol-comum (Luscinia megarhynchos) é um pequeno pássaro pertencente à família dos Muscicapideos, restrito ao Velho Mundo. É uma ave bastante difícil de se ver, canta normalmente escondida. Tem uma plumagem discreta, de cor geral acastanhada e mortiça. Têm olhos grandes, pretos, realçados por um fino anel branco. A cauda é castanha avermelhada, alongada e arredondada e as patas são longas e robustas. Mede 16-17 cm e pesa de 18-27 gramas.
Vive em charnecas, matas e bosques, podendo ser também encontrado em parques e jardins. É visitante estival de toda a Europa, de onde migra para a zona tropical de África, até à latitude do norte de Angola, de Julho/Agosto a Março/Abril. Encontra-se também em toda a Ásia, migrando no inverno para sul.
O rouxinol é um excelente cantor. Tem um extenso repertório, com trinados fluidos terminando em crescendo. É normalmente ouvido depois do escurecer, sendo um dos poucos pássaros a cantar à noite , mas também se ouve com frequência durante o dia. Fica quase sempre oculto pela vegetação, embora por vezes o macho se empoleire a descoberto para cantar.
Põe 4 a 5 ovos azuis claros com manchas avermelhadas, numa só postura entre Maio e Junho que são incubados pela fêmea durante 13/14 dias. O ninho em forma de taça, é feito num arbusto baixo ou mesmo no solo, quase nunca acima de 30 cm. As crias têm a penugem completa ao fim de 11 dias mas só se tornam independentes ao fim de mais 3 semanas.
Alimenta-se quase exclusivamente de insectos que captura no solo ou na vegetação baixa. Por vezes também come bagas.
Paula e Ruben
O verdilhão (Carduelis chloris) é uma pequena ave passeriforme da família Fringillidae. Ocorre na Europa, norte de África e sudoeste da Ásia. É essencialmente residente, embora algumas populações mais a norte possam migrar para sul. Esta ave também foi introduzida na Austrália, na Nova Zelândia e no Uruguai.
Nidifica em árvores e arbustos, colocando 3 a 8 ovos. Esta espécie pode formam grandes bandos, fora da época de reprodução, por vezes misturando-se com outras espécies de aves. Alimenta-se de sementes. Os juvenis poderão ser alimentados com insectos.
Tem entre 14-16 cm de comprimento e é similar em forma e tamanho ao tentilhão. A coloração é essencialmente verde, com as asas e cauda de cor amarela. A fêmeas e os juvenis têm tons mais escuros, com tons de castanho no dorso. O bico é espesso e cónico.
Paula e Ruben
O juvenil não possui amarelo, apenas riscas de castanho e branco. Mede cerca de 11 a 12 cm de comprimento. O bico é curto e de cor clara, característico desta ave.
Possui um canto repetitivo e prolongado, áspero e com um ritmo rápido, que lembra vidro a partir.
Paula e Ruben
Esta pequena ave granívora é um frangilídeo, e é conhecida por quase toda a gente, pelo que se trata de uma espécie de relativa fácil identificação.
A sua máscara vermelha e preta, e o colar branco que se estende até à nuca, bem como as manchas amarelas nas asas, fazem do pintassilgo uma ave bastante colorida e com um padrão facilmente reconhecível, mesmo em voo.
Durante a Primavera, pode ser observado a cantar no alto de árvores, antenas, postes e telhados. No Inverno junta-se frequentemente em bandos de dimensões consideráveis, que podem juntar centenas de aves.
Paula e Ruben
As sardinhas são peixes da família Clupeidae, aparentados com os arenques. Geralmente de pequenas dimensões (10-15 cm de comprimento), caracterizam-se por possuírem apenas uma barbatana dorsal sem espinhos, ausência de espinhos na barbatana anal, caudal bifurcada e boca sem dentes e de maxila curta, com as escamas ventrais em forma de escudo. O nome sardinha vem da ilha Sardenha, onde um dia já foram abundantes.
São peixes pelágicos que formam frequentemente grandes cardumes e alimentam importantes pescarias. Apresentam um importante lipídio: o ômega-3, que se julga ser um "protetor" do coração. As sardinhas alimentam-se de plâncton.
As "sardinhas" de lata que se encontram nos supermercados podem ser de espécies variadas, desde sardinhas do género Sardina (as verdadeiras sardinhas) até arenques. O tamanho dos animais enlatados varia conforme a espécie. Sardinhas enlatadas de boa qualidade devem ter a cabeça e as guelras removidas antes de serem embaladas. Também podem ser eviscera das antes do embale (tipicamente as variedades maiores). Se não forem evisceradas elas devem estar livres de comida não digerida ou fezes (isto é feito tendo o peixe vivo dentro de um tanque o tempo suficiente para que o seu sistema digestivo se esvazie por si mesmo). Elas podem ser enlatadas em óleo ou em algum tipo de molho. As sardinh as assadas são um prato tradicional na cozinha portuguesa.
A sardinha capturada na costa Portuguesa é a única espécie de peixe em toda a peninsula ibérica a obter a certificação de qualidade, como resposta ás preocupações sobre a sustentabilidade dos recursos. A sardinha Portuguesa vai passar a ter a etiqueta azul do " Marine Stewardship Concil", o certificado de pescado ambientalmente certificado. A sardinha Portuguesa é pescada legalmente por quase meia centena e media de embarcações em todo pais.
Bruno Martins e Ricardo Gil
O chamamento trissilábico do perna-verde denuncia a sua presença: esta limícola de dimensão intermédia
é geralmente solitária, mas por vezes forma bandos de até 20 indivíduos
Identificação
Maior que o perna-vermelha-comum, distingue-se desta espécie sobretudo pela sua plumagem mais clara,
destacando-se as partes inferiores brancas, que constrastam com as partes superiores acinzentadas. As
patas são de um verde-azeitona, que podem parecer cinzentas à distância. O bico é recurvado para cima.
Em voo destaca-se a “lança” branca no dorso e a ausência de qualquer risca alar.
Abundância e calendário
Embora raramente seja observado em grande quantidade, o perna-verde-comum pode ser observado em
Portugal durante todos os meses do ano. É durante as épocas das migrações que é mais numeroso,
devido à ocorrência de indivíduos que se encontram em passagem de ou para África. No Inverno pode ser
visto em pequenos números nos principais estuários e na época dos ninhos são por vezes vistos indivíduos
não reprodutores. Associa-se frequentemente a outras espécies de limícolas
A garça-boieira (Bubulcus ibis) é uma espécie de ave que habita na Ria de Alvor.
Esta ave é de fácil identificação, devido a acompanhar regularmente gado bovino, podendo ser avistada em campos.
É uma garça de média dimensão, com penas quase totalmente brancas, mas com manchas de cor cor-de-laranja no dorso e na coroa (cabeça), sobretudo durante a época de reprodução. O bico desta ave é amarelo, tornando-se alaranjado na Primavera. As patas são pretas, mas também se tornam alaranjadas na época de criação.
Esta garça pode ser vista em Portugal durante todo o ano. É geralmente bastante numerosa e não é raro encontrar bandos de várias centenas de aves juntas.